quarta-feira, 28 de maio de 2014

[Mais uma vez, com sentimento] Chosen: O Final dos Escolhidos

Por ``Flávia´´ Buffy Summers


   Queridos caçadores, chegamos a mais uma vez com sentimento e em um momento nostálgico. Há 11 anos ia ao ar a última batalha Apocalíptica de Buffy e sua Scoobygang na TV com muito humor, surpresas, drama e mortes polêmicas. Tudo que sempre envolveu o Buffyverse.



   A sétima temporada de BTVS pecou em muitos quesitos que numa hora mais apropriada falaremos, mas seu último episódio não desonrou tudo que ela representou. Uma dose certa de heroísmo, o fechamento de algumas questões e o final espetacular pelos efeitos especiais.

   Começaremos falando “da cena”: Buffy, Giles, Willow e Xander, os quatro da espinha dorsal da Scoobygang numa última conversa antes do fim foi uma daquelas coisas que fazem de BTVS algo tão incrível e especial. Eles poderiam ter falado de despedida em um tom pra lá de melancólico... mas não, o papo foi sobre figurinos, sapatos e Shopping Centers. Genial! Além disso, tivemos a repetição da situação e frase que marcou Giles em Welcome To The Hellmouth quando viu os três amigos indo embora: “A Terra está definitivamente perdida”
.

Giles e sua eterna preocupação com o destino da Terra.
Sentinela é Sentinela, afinal

   Algo que também contribuiu para o sucesso desse final foi o regresso bem-sucedido de Faith. A caça-vampiros que andou pelos dois lados, foi o pivô de momentos que deram fôlego a esta reta final. Sua rivalidade com Buffy aqui foi bem mais madura e mais dolorosa para nossa heroína. Faith teve a redenção que mereceu, pois nunca foi uma vilã de fato, apenas uma moça confusa que não teve o mesmo esteio que Buffy teve na vida.

Faith, a caçadora problema de presença indispensável

   Se o retorno de Faith foi digno de aplausos o mesmo não podemos dizer de Angel. O personagem teve uma participação tão pequena que só mesmo seu gigantesco carisma pra escapar da mediocridade. Voltar apenas para entregar um medalhão para Buffy, que qualquer um poderia fazê-lo e ainda se comportar como o Dawson do momento, é muito pouco pra um personagem tão rico. Seria melhor e mais coerente se lutasse ombro a ombro com Buffy.

Buffy, Angel e a analogia do biscoito: se não fosse isso,
ele passaria em branco


   Entretanto, a ausência de Angel abriu espaço para Spike, cuja morte o torna o maior herói do final. Digno para o portador do medalhão a ala Elizabeth Taylor. Afinal, ele teve grandes momentos como vilão ou como herói, conquistando a todos, inclusive Buffy que no fim diz o tão sonhado “Eu te amo” para ele.


"Não ama não, mas obrigado por dizer". 

   A morte de Spike abriu uma questão interessante. Existe final feliz para ex-demônios? E então cheguemos ao capítulo em que devo minha profunda revolta e tristeza aos roteiristas. Nada vai me convencer de que a morte de Anya daquela maneira foi justificável, e ainda sem a oportunidade de se despedir dos amigos que aprendeu a gostar e ajudar ao longo de sua trajetória. Sua morte foi simplesmente revoltante, não só pelo fato em si, mas pelo que observamos depois. Quantos personagens inúteis sobreviveram. Como Andrew, que nada fez a não ser se esconder atrás dela e o Diretor Wood, que não fez valer suas habilidades de discípulo honorário de Sentinela, foi atingido e ainda assim sobreviveu. Why?

A fúria despertada pelos coelhinhos
infelizmente não foi o suficiente para Anya


   Irrelevantes para alguns, heróis para outros, Dawn e Xander comprovaram a química lutando lado a lado. A garota antes uma bolha de energia usou a inteligência que sempre demonstrou ter para matar alguns Turok-han com raios solares numa bela manobra durante a batalha. Apesar de reduzida (e põe reduzida nisso), ela contribuiu e muito com braços e espadas na hora H. Xander agiu mais como um orador motivacional durante toda a temporada. Foi dele as melhores frases e embora nunca fosse um perito em lutas, sempre ajudou Buffy e os amigos com muito sentimento.


Dawn provou o que todos sabíamos:
Xander era melhor com as palavras

   E por falar em sentimentos, chegamos a Giles. O Sentinela de Buffy sempre teve uma relação paternal com sua caçadora e nesta temporada ela fluiu de maneira desordenada sim, mas nunca ausente. O fato de ter conspirado com Wood contra Spike e quase tê-lo tirado do jogo, e ser o porta-voz para derrubar Buffy naquele mini “Golpe de Estado” de Empty places, não tira dele a empatia irredutível por seus trejeitos e o respeito pela figura que sempre teve com a heroína. E se é de respeito que falamos, chegamos a uma personagem pra lá de respeitável.

Giles, o paizão e como tal tomou decisões polêmicas


   A transformação de Willow em Deusa pra mim foi uma boa homenagem dos roteiristas a personagem extraordinária de Hanningan, a verdadeira metamorfose ambulante da série. Os roteiristas souberam captar com precisão todos os elementos positivos e negativos da personagem. Sua trajetória é uma das melhores e mais bem trabalhadas de todos os tempos de todas as séries. Até chegar a este ápice, a personagem sofreu um bocado e com muita inteligência, especialmente carisma que nunca abandonou nem quando foi Dark Willow, ela enfim, teve o que mereceu.


"Oh, my Godness!!" Bem apropriado para Willow


   Numa outra frente de batalha tivemos As Potenciais, que depois de um feitiço de Willow, tiveram o poder necessário para enfim, pararem de chorar e agirem pra valer. Este foi o momento da mensagem subliminar do seriado. A força das mulheres no combate às maiores adversidades. Lutaram bravamente, mas ainda assim, sofreram baixas consideráveis como Amanda, a mais legal e com melhor desenvolvimento delas. Enquanto nossa “adorável” Kennedy, o “Príncipe” de Willow, se safou com sua Donzela.....


"E aí, vocês querem ser fortes?"

   É com certeza no sorriso tranquilo e enigmático da maior de todas as escolhidas de BTVS que se dá o desfecho. “O que faremos agora?” A reação de Buffy à pergunta de Dawn traduz de forma eloquente mesmo sem palavras a satisfação de um dever cumprido. De todos. Da protagonista, coadjuvantes, roteiristas, espectadores, fãs. Há 11 anos o sorriso de Buffy responde a quem nunca desistiu, aos críticos e aos que já desistiram. A mim particularmente, este sorriso responde a todas as perguntas, medos e inquietações. Cresci com Buffy, me moldei através dela até hoje e não me importo que digam ou pensam que sou fanática, pois é muito melhor ser fanática por algo tão rico quanto BTVS do que por muita modinha ou artistas de quinta que vemos aos montes hoje. A sensação que tenho é que pode passar mais 11 anos e ela continuará respondendo a todo o Mal e indiferença do mundo, impedindo Apocalipses com o mesmo sorriso.

Menção honrosa: gostaria de ter visto Cordelia nesta luta também. Pronto, falei, não resisti!
Um sorriso para a eternidade

“O propósito da vida não é a felicidade pessoal, pois ninguém consegue pouco mais que momentos passageiros dela. Na verdade é o processo de crescer e se “tornar”. No final das contas não é o destino, mas a jornada que realmente conta”. – A caça-vampiros e a Filosofia – Medos e calafrios em Sunnydale p.246

quinta-feira, 22 de maio de 2014

[Not Fade Away] Homenagem ao final da serie Angel

Por ``William´´Gunn





   Saudações pessoal?! Nesta semana completou-se exatamente 10 anos desde que foi ao ar a exibição original do último episódio da 5° temporada de Angel, cujo título é: ``Not Fade Away´´ (e tô na esperança de saber o título em Português/Brasil, da versão dublada, em que devemos solicitá-la na Netflix).

Nesse último ocorre o acerto de contas com os sócios-majoritários da Wolfrang & Hart, em que o destino da Terra encontra-se nas mãos do vampiro em rendenção e sua equipe. Porém antes da batalha decisiva, cada um deles devem aproveitar aquele dia como se fosse o último; e assim o fazem.

Lorne se reserva solitariamente, prevendo um destino para Angel; Wesley passa o dia em seu apartamento cuidando de Ilyria (que está ferida); Spike se dirige a um bar e começar a declarar uma poesia; Gunn volta à vizinhança de origem, e reencontra uma velha conhecida do Buffyverse (Anne Steele), passando a ajudá-la numa ação comunitária; e Connor visita Angel, que o compreende como um pai que influenciou na sua existência (mesmo após as manipulações que fizeram em sua memória).


E assim chega o momento decisivo da serie:


Em uma magia para esconder do restante da W&H, a sua encenação,
Angel revela seu plano aos seus aliados, que lhe comprometem apoio na batalha final


os seres que estão por trás do circulo da espinha negra 
(os sócios majoritários da Wolfrang & Hart)


Gunn retorna à sua antiga vizinhança, onde acaba encontrando Anne e a auxilia 
numa ajuda humanitária



Spike poetisa no palco de um bar


Connor visita Angel para dar-lhe uma mãozinha numa luta


Em meio à batalha final, Lindsey é morto por Lorne, que 
posteriormente sai de cena de maneira fria


Ferido mortalmente na batalha contra um Feiticeiro demônio (e sócio majoritário), Wesley dá seu último suspiro, junto à Ilyria (que fica na forma de Fred naquele momento)


Após destruírem os membros do Círculo da Espinha Negra, os remanescentes
da batalha final se preparam para uma investida de uma horda de demônios.
 cena final que encerra a serie de TV


   A serie de TV chega ao fim. Foi uma surpresa tanto para o elenco quanto para os fãs, que esperavam que houvesse uma 6° temporada para mostrar o que houve após a foto acima; e assim encerrar com chave de ouro a saga televisiva. Porém, Joss Whedon ameniza essa ausência continuando com a história do Vampiro em redenção nas HQs. 
   Mesmo tendo se passado uma década, esse final ainda é considerado um dos mais inesquecíveis dentre as series de TV exibidas nos EUA, e creio que também tenha sido no Brasil (caso tenha sido exibido).


domingo, 18 de maio de 2014

[Casos de Amor] Willow Rosemberg

Por ``Teel´´ Faith Lehane


   Fazer qualquer tipo de avaliação sobre nossa querida bruxa não é fácil. Avaliar seus casos amorosos se torna ainda mais complicado por envolver personagens tão emblemáticos e fortes, que despertaram simpatia e ódio, em grandes proporções. 

Willow e Xander (2° temporada)

Lá no começo, quando fomos apresentados à Sunnydale e ao Buffyverse, tínhamos uma dinâmica bastante adolescente, sendo imersos nos medos, inseguranças e paixões dos personagens principais. E um amor adolescente é o melhor termo para descrever os sentimentos de Willow por Xander. No entanto, quando descrevo a relação dos dois como “amor adolescente” não me refiro ao sentimento imaturo e explosivo que a maioria das pessoas dessa idade sentem, ainda que em um certo momento, esses adjetivos tenham coroado a relação dos dois.

Willow e Oz (3°- 4° temporada)

   Willow e Xander eram amigos desde sempre, unidos contra tudo e todos, aliados em sua estranha jornada dentro daquela sociedade. Os dois estiveram juntos enquanto cresciam, passando pelas diferentes fases da vida. A relação teve início com a amizade nascendo e criando um elo, e ao passo que eles cresciam, os sentimentos também tomaram proporções diferentes. É certo que durante muito tempo, Willow e Xander se viam de formas diferentes, tendo em vista que o garoto era muito mais controlado por seus hormônios adolescentes, do que qualquer outra coisa, prova disso é sua iminente paixão por Buffy quando ela chega à cidade e posteriormente por Cordélia, enquanto nossa até então aspirante à bruxa, reprimia a real face dos seus sentimentos. 

   Com a adição de Oz à vida de Willow, na prática, teria sido fácil sufocar todo o passado e seguir para a próxima fase. Mas a verdade é que, ainda que os dois estivessem dando um passo à frente e seguindo com suas vidas amorosas, aquela tensão ainda estava lá. Diante de todo aquele clima nebuloso e sombrio que os dois estavam submetidos com a chegada da Slayer à Boca do Inferno, a relação que eles tinham era a tábua de salvação, a única ligação com a calma e saudosa realidade de quanto eram apenas os dois. É então que o “amor adolescente” mencionado no início dessa matéria vem à tona, consumando um amor inocente, sob circunstâncias contestáveis, fechando não só um ciclo, mas também mostrando que os dois não eram compatíveis. Não como amantes, pelo menos. 

   Seguimos então para o próximo passo na vida amorosa de Willow, que tem uma nova face quando Oz perdoa sua traição, mostrando a força dos seus sentimentos, diferente do que aconteceu com Xander e Cordélia. Toda a relação dos dois foi construída em cima de uma trama sólida e bastante agradável. Oz e Willow são aquele casal fofo que nunca causa discórdia dentre os fãs. E é preciso dizer que Oz foi o primeiro real grande amor de Willow, não há dúvidas sobre isso. Se as circunstâncias não tivessem mudado no decorrer da quarta temporada, provavelmente os dois teriam terminado juntos e isso seria satisfatório para praticamente todo e qualquer fã da série. Mas eis que temos o twist logo no início da quarta temporada, quando Oz sente-se atraído por Veruca, causando uma grande rachadura no ótimo relacionamento que os dois possuíam. Quando o nosso lobisomem deixa a cidade para tentar controlar o seu lado lobo, acaba abrindo espaço para uma das mais belas histórias de amor de Buffy The Vampire Slayer. 

Willow e Tara (4°- 6° temporada)

   Como foi dito no parágrafo anterior, Oz realmente foi o primeiro grande amor de Willow, mas quando temos Tara adicionada à história, presenciamos não só um amor em sua forma pura e simples, mas sim o nascimento de um sentimento amplo e denso muito além do que tínhamos presenciado até então na série. 

   Costumo dizer que Tara e Willow são a melhor definição de “almas gêmeas” que eu posso imaginar. Apesar de toda a polêmica levantada em cima da relação lésbica e todos os questionamentos que vieram à tona, a relação das nossas duas bruxas transcendiam qualquer tipo de sexualidade. Temos ali uma conexão que não pode ser explicada, um sentimento que foi construído em cima de uma afinidade mais forte do que qualquer outra, um relacionamento mutuamente beneficente, trazendo à tona o melhor das duas personagens. Tara complementava Willow, e vice-versa. Com todo o poder adquirido por Willow no decorrer da história, ela precisava de alguém que estivesse ao seu lado, não para apoiar e seguir seus devaneios (como Amy fazia), mas sim alguém que a mantivesse no chão, alguém que mostrasse por onde ela deveria seguir e ninguém além de Tara conseguiria, ainda que Xander tenha desempenhado esse papel no fim da sexta temporada.

   Por mais que Willow amasse seus amigos e ainda mantivesse a boa essência dentro de si, Tara era o seu porto seguro, prova disso é o nascimento de Dark Willow após a morte do seu grande amor, quando a realidade era tão dolorosa que Willow queria destruir o mundo para acabar com seu sofrimento.

Willow e Kennedy (7° temporada)

   Após a morte de Tara, nos deparamos com Kennedy, a potencial caçadora que se torna o novo interesse romântico de Willow. É certo que as duas sejam, talvez, o casal mais odiado da série, e talvez isso se dê pela pressa no desenvolvimento do relacionamento das duas personagens ou pelo pouco carisma que vimos na potencial. O fato é que as coisas aconteceram muito rápido, um romance épico e de superação é pintado prematuramente, causando um impacto negativo para os fãs. 

   A verdade é que todo e qualquer relacionamento para Willow pareceria deslocado após a morte de Tara, e a personalidade de Kennedy não ajudou para que as duas deslanchassem como casal, ficou sempre aquele gosto amargo na boca ao ver as investidas grossas de Kennedy em contra parte com os sentimentos conflitantes de Willow após sua recuperação. Por outro lado, gosto de pensar que esse relacionamento está ai justamente para mostrar que Tara nunca será superada, que almas gêmas só se encontram uma vez na vida. 

E vocês, o que acham sobre os relacionamentos de Willow no decorrer das sete temporadas da série?

quarta-feira, 14 de maio de 2014

[A Eternidade] Por onde anda a Emma Caulfield?

Por Anya ``Tai´´ Jenkins




“Posso trocar as crianças por mais dinheiro?”


   Emma Caulfield interpreta uma adorável ex-demônio durante as 4 últimas temporadas de Buffy. Tendo passado antes pela série Beverly Hills, originalmente, ela faria aparições em episódios específicos, mas teve uma recepção boa aos olhos do público, tanto que em 2003 ganhou dois prêmios (Satellite e Saturn Awards) graças a sua performance.



Uma das mais novinhas do elenco: Emma começou a fazer psicologia na Universidade Estadual de 
San Francisco, mas trancou e foi perseguir o sonho de atuar em Los Angeles aos 19 anos.


   Após o fim de Buffy, fez participações marcantes em séries como Private Practice, Monk e Life Unexpected e em filmes como TiMER, Darkness Falls, Why Am I Doing This?. Se envolveu também com a produção de Bandwagon, uma web série que satiriza a busca por uma carreira perfeita, em que Emma interpreta uma caricatura dela mesma. Link no final do artigo.

Do início de 2013 até março de 2014, sua atenção estava voltada ao mundo das redes sociais. Emma usava seu carisma natural para comandar o canal Essnemma no Youtube que contava com a extensão do Tumblr flyingfreakflag, cujo objetivo era fazer algo completamente aleatório e de contato com o público - às vezes pedia sugestões de vídeos no Tumblr, deixava o público fazer perguntas e formulava vídeos para responder a essas perguntas etc. As postagens de vídeos eram feitas às terças e quintas. O canal foi finalizado após um ano de atividade, por falta de disponibilidade.

Emma mora com o namorado, o ator Mark Ford, há alguns meses

Você pode acompanhar Emma e seus projetos pelo Twitter, atualizado diariamente pela própria atriz.


Links a seguir:

quinta-feira, 8 de maio de 2014

[Enfeitiçados, entediados e confusos] - Feliz Dia das Mães e abaixo a intolerância!


Por Buffy ``Flávia´´ Summers


Amigos Caçadores, neste Domingo comemoramos uma das maiores datas do mundo quando lembramos de nossas mães da vida real. Quanto às fictícias são muito bem representadas por Joyce, aquela que deu a Luz a nossa caçadora. 



Ela poderia ser especial pelo simples fato de ser a progenitora daquela que viria a lutar para salvar o mundo. No entanto deixando de lado estas introduções proféticas, o que sobra é uma personagem que desde cedo aprendeu a batalhar para cuidar sozinha da filha. Se já é complicado para qualquer mãe criar e cuidar de uma adolescente comum, que dirá uma como Buffy, de quem depende o futuro da humanidade.

Sua incrível capacidade de reverter situações complicadas, a dedicação ao trabalho e vibração com que administra a vida que dá suporte à nossa heroína, coloca Joyce como alguém que merece nunca ser esquecida pelos fãs. Desta instigante relação nasceu sequências memoráveis dentro da série como o sofrido The Body, e o divertido Gingerbread, onde as relações de mães e filhas foram discutidas pela brilhante ótica do Buffyverse.


Depois que soube que sua filhinha era a responsável em deter as Forças do Mal no mundo, Joyce viveu um momento de instabilidade na relação com Buffy. Foram brigas feias como em Becoming em que ameaça expulsa a filha de casa e Dead Man’s Party, onde a lavação de roupa suja se torna pública na festa de boas vindas da caça-vampiros. “Quer saber? Eu reagi muito mal. Mamãe não é perfeita!”

Joyce e Buffy na festa dos mortos:
momentos de lavação de roupa suja

Esta frase resume bem tudo que acreditamos ser nossas mães quando crescemos no desejo de ter nossa vida, tomar nossas próprias decisões. A figura ideal é trocada por alguém como nós, mais humano com defeitos e virtudes. O ideal é percebermos que temos que conciliar uma coisa com a outra. Assim Joyce foi a primeira a dar o braço a torcer e tentou se aproximar da filha, fazendo parte de uma caçada noturna.

O que ela não esperava era que esta caçada fosse trazer grandes consequências para ela, Buffy e a cidade de Sunnydale depois de encontrar duas crianças mortas no parque. A visão daquela cena horrorizou a mãe de Buffy, que decidiu ser, segundo ela, mais frutífera do que a filha na luta contra o Mal da cidade.

Ela uniu todos os moradores, recorreu ao Prefeito e criou o MOO, sigla designada para a tarefa. O levante ganhou tamanha proporção que passou dos limites, atingindo a liberdade individual dos alunos/filhos. Quem mais sofreu com tudo isso foram as amigas Buffy e Willow, a princípio impedidas de continuar sua relação. Numa verdadeira caça às bruxas, Joyce organizou todos os pais contra os filhos que julgavam estarem envolvidos com forças ocultas.


Joyce discursando na Prefeitura:
a nova Defensora de Sunnydale

A ideia nasceu com uma Filosofia pacifista, mas cresceu a tal ponto de deixar a cidade ensandecida com as mães que quiseram purificar seus filhos através do fogo. A Prefeitura transformou-se numa verdadeira Praça de Inquisição em que Buffy, Willow e Amy eram as Bruxas. 

O interessante aqui é percebermos que não foi apenas o Demônio disfarçado pelas crianças o único responsável por toda aquela confusão, e sim também, a pré-disposição de Joyce em não ter aceitado totalmente até aquele momento o destino de Buffy. “Eu queria uma filha normal e feliz e não uma caça-vampiros”, disse antes de atear fogo nos livros.



Outra pré-disposição notável vem de Sheilla (versão dublada) Rosenberg, mãe de Willow, na única vez em que apareceu no seriado. A participação foi ínfima, mas de vital importância para entendermos de onde veio tanta insegurança de nossa bruxinha. A vontade de agradar a mãe a todo custo na quase inexistente relação com a mesma, que não se interessava por nenhuma de suas atividades curriculares ou extra-curriculares. Nem ao menos notou que a filha havia cortado o cabelo. 

Willow sempre foi a filha certinha que na única vez que desapontou a mãe, foi punida como um apelo por disciplina. 

Willow e Sheilla: punição instantânea

Amy, a outra caçada, também já teve seus momentos com a mãe, que de tão autoritária e egoísta, trocou de corpo com a filha em The Witch.

Pode-se afirmar que tamanha pressão por ter de ser igual a Catherine Maddison, impulsionou sua inveja em relação ao Dom que a amiga Willow despertou sem ao menos ter raízes com a Bruxaria. Em outras palavras, Catherine teve uma influencia indireta por Amy se tornar vilã na sétima temporada. 

Amy e Buffy diante das glórias de "Catarina, a grande":
a aspirante a Bruxa só queria admirá-la

Outras mães do Buffyverse também merecem uma menção menos empolgante. A mãe de Cordelia, que ligou o botão do dane-se depois que descobriu que tem a doença de Epstein-Barr. A de Xander, que não permitiu que o filho continuasse morando com ela e o jogou num porão fétido. A de Faith que segundo ela nunca a amou. E a mãe de Spike, que se tornou um Demônio que quis violá-lo. Fato que bloqueou tanto o vampirão, que foi responsável pelo gatilho usado pelo Primeiro para trazê-lo pro seu lado. 
Na mesma história vimos a caçadora Nikki Wood, sacrificando a relação com o filho pela missão. 

William e sua Mãe: de audiência cativa a suas
poesias a um Demônio perverso

Enquanto algumas mães tornaram-se vilãs circunstanciais, outras de vilãs tornaram-se mães circunstanciais. Darla em ANGEL, que começou a se redimir depois de entrar em contato com a alma do filho. Disso tivemos o emocionante sacrifício. 


Uma das melhores cenas do Buffyverse. A vilã que virou mãe


Ela ainda retornaria tentando ser a voz da consciência do filho quando Connor pretende sacrificar uma doce donzela para um ritual que traria Jasmine ao mundo.


Relações conturbadas sempre fizeram parte do Buffyverse, pois além da parte humana da coisa ainda temos a parte demoníaca que impulsiona as confusões de sentimentos e atitudes. Por isso algo se torna imprescindível nestas relações de qualquer mundo: o diálogo entre ambas as partes. 

Através disso, exploram-se emoções, conhece-se mais o outro, respeita-se mais, discute-se problemas e com o Amor que sabemos que ainda pode ser resgatado, ajuda a impedir que pequenas faíscas de incompreensão tornam-se grandes fogueiras de intolerância, gerando agressões desnecessárias de ambas as partes. 

Que este Dia das Mães, mais que uma data comemorativa de Amor, sirva também como ponto de reflexão para apararmos as arestas. 

E a todas as mães do Buffyverse, um Feliz Dia das Mães e abaixo a intolerância!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

[Campanha] Netflix, a Última Esperança para Angel no Brasil

Por ``William´´ Gunn



Logomarca da nova campanha, que luta pela
aquisição dessa serie completa e em Dual Audio (Português/Brasil e Inglês)


   Atualmente, o mercado brasileiro de Home Video e dos canais de TV Aberta e Fechada estão prezando mais por filmes e series mais recentes (pelos de no máximo 7 anos) do que as mais antigas (claro que há exceções, pois diversas series retrô estão sendo exibidas, e não entendo porque Angel e Buffy não estão incluídos entre essas exceções). Porém cerca de 70% do acervo da Netlfix (um canal de serviços de filmes e series online) é composta por filmes e series retrô, pois entendem que as produções de cinema e TV que não são tão recentes assim, ganha um enorme público pelo saudosismo que elas trazem.


POR QUE TENTAR A NETFLIX?


Buffy, uma aquisição de sucesso pela Netflix Brasil, desde 2013.



   Em 2013, quando menos se esperava, o serviço de filmes e series online Netflix do Brasil disponibilizou no seu catálogo a serie Buffy a Caça-Vampiros com as suas sete temporadas. E devido a essa aquisição, foi esclarecido o mistério se a serie foi totalmente dublada ou não na versão brasileira (no que contentou muitos fãs da serie e sua maravilhosa dublagem); além de ter gerado uma enorme credibilidade nesse canal.

Ano passado, ainda antes essa compra pela Netflix, houve uma tentativa de campanha online, para tentar fazer com que alguma distribuidora relançasse Angel e Buffy completos em DVD em idioma original e brasileiro. Mesmo com o apelo que teve um significativo apoio dos fãs pela internet nacional, a campanha não obteve sucesso, e não fomos escutados. Ainda sim, o ano terminou proveitoso, pois a serie Buffy estava completa e disponível dublada em PT/BR em todas as temporadas.

Se por um lado, as aventuras da Caça-Vampiros finalmente foram disponibilizadas por completo no Brasil, através da Netlfix, por outro, a saga do Vampiro em redenção (Angel) ficou na estaca zero (somente duas temporadas lançadas por aqui, já há um longo tempo, e sem previsão de qualquer lançamento das outras três ou exibição na TV). E como a Netflix resgata muitas dessas produções cultuadas e que não são recentes, é grande a probabilidade das chances de que a serie Angel faça parte do seu pacote de serviços.



O QUE PODEMOS FAZER?

   Grande parte das aquisições de produções retrô da Netflix, decorre de duas formas: 1- Uma pesquisa que sua equipe faz quanto as series e filmes que tiveram satisfatórios indices de audiência e vendas, na época de seus lançamentos originais; 2- Por um grande número de sugestões feitas pelos fãs. Basicamente, teremos que partir da 2° forma, induzindo para que eles (da Netflix) recorram também à 1° forma, caso duvidem.
   Em um diálogo no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) específico para sugestões, sugerimos à Netflix que adquirissem Angel; veja um trecho desse diálogo:


THE SLAYERS: Temos pretensão de criar e manter assinatura com o serviço, mas antes eu gostaria de saber se o canal tem pretensões de disponibilizar a serie Angel (1999-2004), spin-off da serie Buffy a Caça-Vampiros (que por sinal teve boa receptividade pelo público)??

NETFLIX: Bom, no momento não tenho previsão para essa série. O que podemos fazer é enviar como sugestão para nosso setor especializado. Muitos dos nossos títulos são sugestões de vocês, é muito bom saber o que gostam de assistir.

THE SLAYERS: Certo... No caso, os títulos são escolhidos de acordo com o número de pedidos feitos pelo público??

NETFLIX: Humm, o que fazemos por aqui é enviar a sugestão para nosso time especializado, não sei os critérios utilizados para a locação dos títulos. Mas com certeza isso conta muito, quanto mais pedidos mais chances temos de disponibilizar para vocês!


Sendo assim, a única opção que temos para ver Angel no Brasil novamente, só se dará através da Netflix.



CONSEQUÊNCIAS DO SUCESSO DA CAMPANHA

   Caso essa mobilização pela serie Angel seja bem-sucedida, o que virá de imediato será a disponibilidade da serie dublada completa em português/Brasil, reforçando a afirmação dita pela dubladora da Cordélia Iara Riça (Veja post aqui).
   Claro que existem muitos fãs que não queiram tentar nada, pois não curtem a versão brasileira de Angel, preferindo assistir no idioma original; além dos downloads e videos online completos da serie disponíveis internet afora. Caso você se encaixe entre esses fãs, lhes digo que devem colaborar na campanha pois a versão legendada de Angel disponível atualmente foi mal elaborada, com muitos diálogos que não condizem com a legenda, não por culpa do tradutor (que deve ter se esforçado ao máximo para a tarefa), mas pela dificuldade em traduzir somente ouvindo o audio em inglês. Ao adquirir Angel dublado na Netflix, será mais fácil eleborar uma re-legendagem da serie, pois teremos o audio dublado como base de aproveitamento de boa parte dos diálogos, e uma versão legendada de maior qualidade poderá vir de brinde.



COLABORAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

   Essa será a combinação necessária para que nossa campanha ganhe força. Mas como exatamente isso se trata?

COLABORAÇÃO = Acessar o aqui o SAC da Netflix, e sugerir a serie Angel pelo chat ou pelo 0800.
(Caso não seja assinante Netflix, não esqueça de mencionar que pretende tornar-se assinante do canal)

COMPARTILHAMENTO = Divulguem essa postagem para outros sites, redes sociais e amigos que querem ver a serie Angel dublada

ABAIXO-ASSINADO= Assinem, pois quanto mais assinaturas, as chances serão maiores, acesse aqui

Se Buffy na Netflix deu certo, com Angel também dará!