Por Buffy ``Flávia´´ Summers
Amigos caçadores, esta é a primeira postagem desta seção, que tem como objetivo mostrar que o seriado além de excelente como entretenimento, nos ensina muitas coisas fora dele também. No caso do episódio da primeira temporada I robot, You Jane, está para nós como as relações virtuais assim como as lições extraídas dele estão para os livros antigos.
A solidão de Willow a leva mergulhar nas telas da Rede Cibernética e é lá que a amiga de Buffy encontra seu Príncipe Encantado. Seu nome é Malcolm, que segundo o perfil que criou, é um rapaz romântico, apaixonante e devotado à garota ruiva. Logo, Willow e mais dois rapazes são fisgados por este perfil. No caso da primeira, muda sua personalidade, tornando-se mais agressiva com o amigos e altera seus hábitos corriqueiros, como se atrasar e no pior dos casos, matar aulas. Já no caso dos rapazes, a situação é ainda mais grave, pois ambos ameaçam a integridade física de Buffy, culminando no aparente suicídio de um deles.
A tímida e solitária Willow pensou que finalmente seus problemas afetivos haviam terminado |
Bem, para quem não acompanha o seriado, este poderia ser um resumo de mais uma das histórias que vemos no nosso dia-a-dia. Garotos solitários que encontram um amigo na Internet e que de tão envolvidos, acabam se deixando levar pelas armadilhas de pessoas mal intencionadas. Trazendo isso para o Buffyverse, o tal Malcolm se transforma num Demônio. Sim, literalmente, e não metaforicamente como muitos da vida real podem alcunhar certas pessoas. “Meu namorado é um demônio”, ou “minha esposa é uma bruxa” são termos usados por quem tanto sofre nas mãos deste tipo de humano real. Aqui o Mal virtual vem na forma intrigante de Amor a fim de capturar almas solitárias e portanto, acessíveis.
"Este aí o tal Malcolm?", pergunta Buffy assustada ao ver sua verdadeira face na Rede |
O tema relações virtuais além de rico, faz-se atemporal, mostrando que mesmo depois de anos e anos, BTVS continua sendo o fôlego inteligente e interessante para jovens adolescentes no auge das experiências e inquietações sentimentais onde conhecer alguém na Internet (exemplo, no Facebook) não é garantia de que esta pessoa seja realmente quem a gente espera. De repente, a surpresa: “a velhinha holandesa” é um demônio de pessoa! Por isso é preciso ter um discernimento necessário para saber separar o real do virtual. Eu mesma já me decepcionei muito com muitos na Rede e por isso ainda sou bem mais adepta a sentir o cheiro de quem está perto de mim, antes de me abrir completamente a quem está apenas contido entre meus teclados e monitor. Podem me chamem de medieval, mas em matéria de relações afetivas pela Internet sempre fiz parte da turma do Giles. Neste caso, estou mais para obsoleta.
Flávia, por esses elementos que concordo plenamente contigo, que BTVS é uma serie a frente de seu tempo. Naquela época, a internet era novidade e começava a se expandir, e mesmo assim já apresentava esse aspecto negativo que são as ``armadilhas virtuais´´ (pessoas que são persuadidas por outras que fingem sua verdadeira identidade).
ResponderExcluirEsse episódio de 17 anos reflete o que se vivencia atualmente nessa geração tecnológica (febre das redes sociais) que esconde essas armadilhas virtuais. Devemos ter cautela para não cair na rede um ``Malcolm´´ da vida real!
Post brilhante!
obrigada mais uma vez meu querido pela força e interpretação do meu texto. Gostaria que outros também tivessem aqui para comentar, pois é um assunto tão atual...mas, só o seu comentário já valeu por muitos.
ExcluirObrigada
Começou bem, Flávia!
ResponderExcluirEssa postagem/seção é mais uma prova de que a série é, de fato, atemporal. Algo feito há anos que consegue ser recente é um grande diferencial dentro da mídia, que vive exibindo várias coisas, mas dessas, poucas são como Buffy/Angel.
Parece que quanto mais mergulhamos no Buffyverse, mais nos surpreendemos.
Obrigada meu querido. Você disse tudo, nos surpreendemos cada vez mais com O Buffyverse, pis cada cena, episódio, frase, situação traz algo novo mesmo depois de anos.
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