sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

[Mais uma vez, com sentimento] O momento cinema do Buffyverse








Amigos Caçadores, o Oscar, a maior premiação do cinema está chegando. E nós do The Slayers, para não ficarmos de fora da festa mais badalada de Hollywood, resolvemos dissecar tudo que envolveu o momento cinematográfico do Buffyverse. O filme de 1992. 




Foi no verão desse ano que os Estúdios Fox resolveram apostar na ideia de um roteirista novato que daria muito o que falar hoje. Joss Whedon criou uma típica adolescente americana dotada de poderes especiais com a missão de salvar o mundo das forças do Mal. Ela era chamada a Caçadora, aquela que deveria cumprir seu destino até a Morte e outra assumir o seu posto, afinal, em cada geração há uma Escolhida e quando ela morre, outra é chamada para seu lugar. 

A sinopse de Buffy – O Filme chamou a atenção dos produtores, que apostou nisso para os jovens da época. No entanto, toda essa empolgação não se remeteu para seu criador, que viu sua obra decair para uma abordagem insípida, sem graça e totalmente trash. Em outras palavras, não houve o capricho necessário para se realizar tudo que Whedon pensou anteriormente. Não por culpa da atriz protagonista. Os problemas foram outros, bem outros. 



Para qualquer fã de Buffy The Vampire Slayer obstinado, Sarah Michelle Gellar é a Buffy. Ela encarna plenamente esse papel, até o ponto onde é difícil vê-la em qualquer outra coisa (especialmente filmes de terror) sem ver Buffy (e sendo decepcionado quando ela é inevitavelmente uma personagem menos interessante). É ainda mais estranho para ver Buffy quando ela está sendo vivida por outra pessoa. Mas não podemos deixar de exaltar os esforços da bela Kristy Swanson, que entregou uma personagem fiel ao que foi proposto. 

Aqui vemos uma Buffy um pouco sonsa de início, apenas preocupada com festas, namoros e amizades superficiais com patricinhas do Colégio. Costumo dizer que a Buffy daqui é bem parecida com a Cordelia do início da série. Aliás, na própria série vimos o deslumbre da Buffy de Swason, quando em flashback, Angel se recorda da primeira vez que viu Buffy nas escadarias do Colégio cercada por garotas fúteis e cheia de conversas fúteis também. O pirulito na boca foi apenas um ornamento bem apropriado. 



Voltando ao filme....Ele está longe de ser perfeito, mas tem o bônus de ser sim a história original o que o mantém justo aos fãs. Qualquer pessoa que espera um filme de terror sairá muito desapontada, pois há realmente poucas coisas para se assustar. Foi justamente por causa da classificação de gênero, que Buffy, a série, foi apontada como terror teen. Mas se você estiver com disposição para uma comédia leve, com um final feliz, você encontrará muito para desfrutar. Apenas terá que bloquear todos os pensamentos da série de TV, o que acaba sendo difícil mesmo pra quem fez a rota anti-horária, ou seja, que assistiu primeiro a série e depois o filme.

Buffy é uma garota estereotipada: Líder da torcida do Hemery High School, fala gíria, aparece mascando chiclete, e ela não se preocupa com nada, exceto roupas e rapazes. Tudo o que ela quer fazer na vida é "formar no ensino médio, mudar para a Europa, casar-se com Christian Slater (O Robert Pattinson da época), e morrer." 


Quando é abordada por um homem velho no Elevador do Shopping, foge. Mas aquele velho assustador é Merrick (Donald Sutherland), que seria seu Sentinela. Assim como Giles na Biblioteca do Sunnydale High, sua abordagem não é muito sutil e em cima da hora - os vampiros estão prestes a atacar, e Buffy não foi treinada para lutar contra eles.


Merrick diz que treina as Caçadoras a um bom tempo, e não temos muito aprofundamento a despeito do Conselho de Sentinelas e seus métodos. Só sabemos por aqui é que o Sentinela é tão substituível quanto a Caçadora. Se Merrick mostrou-se tão velho para o Cargo, deve ter sido também Sentinela de outras Caçadoras, que pareciam ter o mesmo rosto. O da atual. 


Enquanto na série, a polivalência de Caçadoras foi um mote interessante (havia americanas, coreanas e chinesas. A Primeira Caçadora era africana), no filme o esteriótipo prevaleceu.




Com ou sem esteriótipo, ela devia combater os vampiros, que além de ter uma caracterização física diferente dos vampiros da série, não carregam todo o mote perverso dos vampiros de Sunnydale. A Mitologia de que um Demônio se apossa de seu corpo após a Morte, passou longe daqui, afinal, todos carregam para si as características pessoais de quando jovens vivos. Pelo menos jovens do filme: tolos e inconsequentes. 





Toda essa “ameaça”, é comandada por um vampiro antigo de nome Lothos (Rutger Hauer), e é dever de cada Caçadora lutar com ele. E, normalmente, Lothos ganha. 




Isso lembra o enredo de A garota da Profecia em que Buffy seria morta pelo Mestre. Mas como nota pessoal acho o Mestre bem melhor construído e mais interessante que um vilão bobo que toca violino e ri desvairadamente quando ameaça matar.....



Na realidade, Lothos foi tão patético quanto seu braço direito que nem braço teve mais no fim das contas. 



Pra um antagonista tão fraco assim, não precisava nem de uma Buffy em sua melhor forma. Ainda assim, ela foi diferente de todas antes dela, e embora possa ser o seu destino lutar e ser morta, ela não vê qualquer razão para aceitar isso. Ela não foi treinada desde o nascimento até encontrar o seu destino; ela não aceita as regras que Merrick tenta impor sobre ela, o que às vezes significa vestir, fazer compras, em vez de aprimorar suas habilidades de faca. Outro ponto em comum com a Buffy de Gellar. 


Uma cena que fica evidente o resgate da relação Caçadora e Sentinela é quando Buffy questiona o papel de Merrick na história. Assim como Buffy em Profecy girl acusou Giles de "não fazer nada além de se esconder atrás de livros". 



Romance? Teve sim, por que não? Enquanto os fãs se digladiam por Bangel e Spuffy, aqui não há drama. As novas atividades noturnas de Buffy a faz negligenciar seu namorado mauricinho do time de futebol e seus amigos, e como ela aprende que há mais vida do que o cabelo perfeito, logo encontra-se como uma pária social para suas amigas, que nunca foram suas amigas de verdade. Felizmente, porém, ela consegue um novo interesse amoroso ao longo do caminho, sob a forma de perdedor mecânico Pike, vivido por Luke Perry, galã da mítica Barrados no Baile. 


Aliás este é um caso que nos chama atenção também. Reza a lenda que Whedon teria inspirado o nosso vampiro Spike nos trejeitos do personagem de Perry, incluindo o jeitão motoqueiro e o cabelo. Dá pra notar uma certa semelhança né?

A diferença é que enquanto Pike é o Amor de Buffy no filme, Spike teve várias conotações na série, e nenhuma delas, foi o que representou ser seu grande Amor. 



Na verdade, o filme nunca realmente viveu a visão de seu criador. Whedon falou como a versão cinematográfica de Buffy não chegou a capturar a personagem que ele queria criar, mesmo com os esforços de Kristy. Em uma entrevista de 2001, com a Dark Horse Comics, ele disse: "Eu me senti como - bem, isso não é bem dela. É um começo, mas não é bem a garota. "


Talvez parte da razão pela qual o filme Buffy é tão detestado entre os fãs da série de TV é porque Whedon foi tão aberto sobre seus problemas com ele - é fácil sentir-se irritado em seu nome, ou para desejar o filme tinha saído do jeito que ele queria. Embora ele tenha escrito o filme, que foi dirigido por Fran Rubel Kuzui, que claramente tinha ideias muito diferentes sobre deveria ser. Muitos dos elementos mais escuros do script foram removidos - o final deveria ser mais dramático, terminando com Buffy queimando ginásio da escola para matar todos os vampiros trancados dentro, o que nunca acontece no filme, apesar de ser regularmente referenciado na série de TV como ponto de discórdia entre Buffy e Joyce.

A Joyce daqui é apenas conhecida como "a Mãe", que ainda vive com o Pai de Buffy e parece no mundo da lua como a filha anteriormente.


E enquanto Whedon pode ver um filme que não conseguiu fazer jus ao filme que queria fazer, o que temos é um pouco de comédia de horror bastante decente, cheio de momentos de absurdamente brilhantes, como Buffy rindo de uma piada de Merrick.  


E não faz muito sentido que o personagem de Paul Reubens leve várias horas para morrer depois de ser atingido por Buffy.


Também é divertido de observar mais de perto atores que acabariam por se tornar astros hollywoodianos. Hillary Swank, duas vezes vencedora do Oscar (1999 e 2005), viveu a amiga burra de Buffy, enquanto Ben Afleck dos filmes Demolidor e Argo, vencedor do Oscar de 2012, fez uma figuração como um jogador de basquete na quadra de Hemery. 





Eu assisti ao filme algumas vezes ao longo dos anos antes da série. E acreditem. ficava tensa com tudo até chegar ao final. na época não tinha mesmo visão crítica, né? Porém, foi o filme que me impulsionou a assistir a série ainda em 1997 nas tardes da Globo. Sua importância para o público como eu é inegável, mesmo que cheio de furos e não sendo algo tão digno do que esperava Whedon. 


Ele queria algo que tocasse mais fundo ao público alvo, mas foi apenas diversão. Contudo, qual foi o filme de super-herói produzido no início da década de 90 poderia honestamente ser considerado um clássico? Entre mortos e mortos-vivos e feridos, salvaram-se todos e para nosso Bem, a ideia não morreu. E o final dessa ideia, já sabemos......


Última nota: falando em filmes, nossa Sarah Michelle Gellar irá reprisar o papel em Segundas Intenções, nova versão. Ao que consta, ela será uma vilã mais madura, estilo femme fatalle para seduzir um jovem. Aguardemos o desenrolar de mais este capítulo de sua carreira. Boa sorte pra ela!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

[Eu só tenho olhos para você] Quando é impossível se ter tudo








“Uma visão de Doyle me levou a Sunnydale e lá pude protege-la, mesmo que a distância. Não queria que soubesse que estive lá, pois já tínhamos combinado a meses que seria muito melhor pra nós dois ficar longe um do outro. Por isso vim para Los Angeles. 

Quando retornei à minha cidade, estava mais triste e sinuoso do que nunca. Cordelia e Doyle perceberam e tentavam a todo custo me fazer acreditar em algo para continuar existindo. Como sempre fui de poucas palavras, logo eles acharam que estava tentando acabar com a minha dor com uma estaca que estava em minhas mãos. Só quando viram que pretendia usá-la para calçar a mesa desnivelada, foi que se acalmaram. Foi até engraçada a cena, caro, até que ela apareceu um pouco irritada pra acabar com o clima.

Realmente ele pensou que poderia ir até Sunnydale e brincar de me espiar como fazia nos tempos em que era Angelus. Mas não. Dessa vez não. Eu tinha ido visitar meu Pai para o Dia de Ação de Graças de resolvi passar por lá para um pequeno acerto de contas. Queria dizer a ele tudo que pensava desde o momento em que nem se despediu de mim depois da batalha contra o Prefeito. Por mais que isso tudo me doesse pra valer. Cordelia, mais bronzeada, me apresentou a um tal de Doyle e ao ver minha reação fria, tratou de sumir com ele dali. Nós começamos a discutir e ele tentou se explicar dizendo que eu era tão importante pra ele que foi por isso que não contou todo o seu “plano de salvamento”. Eu disse que era bem grandinha, pois havia acontecido muita coisa na minha vida desde que ele partiu. Depois mais calmos, falamos o quanto um sentia o outro por perto, mesmo que incomodasse. Foi quando mais uma vez reafirmamos a vontade de esquecer tudo que aconteceu. Assim era melhor. E quando estava prestes a sair, um Demônio horrível entrou pela janela em pleno luz do dia. 





Aquele Monstro deu um trabalho e tanto, e quando o feri com a espada, parte do sangue, ou sei lá o que era aquela coisa verde, entrou pela minha pele. Tudo isso antes de eu e ela ficarmos cara a cara quase nos beijando. Quando levantamos do chão, ela sugeriu que fôssemos atrás dele para mata-lo. 

Pelos esgotos, ele rastreava o Demônio pelo cheiro de sangue. Um grande Dom que tem. Então critiquei a “maravilhosa equipe” que ele tinha, que nem ao menos pode ajudar com uma pesquisa detalhada a despeito do Demônio. Me assustei com um ratinho que apareceu furtivo por ali e ele me criticou por estar armada apenas com a estaca. Ele disse que cuidaria daquilo sozinho, mas eu só queria “empatar” o jogo, afinal, ele havia me ajudado em Sunnydale. 




Então agora tínhamos um placar...Engraçado isso. Seguimos o Demônio através da coisa verde que ele deixava como rastro. De repente parei e ela se preocupou comigo. Disse que me sentia estranho então ela começou a falar como também estava se sentindo estranha em ter me visto, que nada do que ela pensou anteriormente estava conseguindo concluir como. Eu realmente a perturbava, mas não era sobre isso que falara e sim, sobre a coisa verde que caiu na minha pele durante a luta. 

Pois é, então vamos esquecer meu patético momento de fraqueza e fingir que nada disso aconteceu. Ele começou a dizer o que sinceramente não gostaria de ter ouvido. Quando estamos separados parece mais fácil pra nós. Dói é verdade, mas ele aguentava. Resumindo, também era perturbador para ele. Me ver e não poder me tocar. Era insuportável. Mas ambos voltamos a concordar que tudo isso era necessário, pois nunca poderíamos ficar juntos. Ele nunca poderia me dar a vida que uma humana poderia ter. Eu sempre ia querer mais, e não podíamos por causa da maldição. É, eu estava mesmo louca pra tocar confidências no esgoto!




Tive de me desculpar (mais uma vez) com ela. Era horrível vê-la sofrendo e irritada. Ela diz que estava quase sendo feliz novamente e reafirmei que este era o benefício de ter partido. Então ela tratou de terminar aquela conversa que já tivemos tantas vezes. Até que percebemos que o Demônio havia subido para a superfície e eu não poderia ir. Mas ela podia e foi sob os meus conselhos de tomar cuidado. 

Enquanto ela o procurava lá em cima, eu percebi que ele estava aqui embaixo quando me atacou cortando minha mão. Depois de muita luta, enfim, consegui mata-lo, mas a coisa verde, o sangue dele, entrou pelo meu corte e me consumiu tão rapidamente que senti vida em mim novamente. Como pode ser? 


Ainda não tinha resposta para esta pergunta, mas só sei que Cordelia parecia nenhum pouco entusiasmada com a ideia e Doyle surpreso. Eu senti minhas costas doerem depois de muito tempo e uma fome avassaladora veio junto também. Não havia tantas guloseimas assim na Irlanda do século XVIII. Depois de detonar a geladeira, pedi a Cordelia que procurasse Buffy e avisasse que havia matado o Demônio, mas que ela não poderia ainda saber o que aconteceu comigo, pois não sabia o que era ou se era permanente. 

Enquanto esperava pelo Demônio, pensava nele e no quanto me doía vê-lo. Queria terminar aquilo tudo, equilibrar as coisas afinal, e ir embora, sumir, não vê-lo mais. Porém, quanto mais eu pedia, mas os Poderes brincavam comigo. De repente tive uma visão que meus olhos custaram acreditar. Angel saindo por detrás de uns arbustos em plena luz do dia, com seu lindo rosto iluminado. Sem cerimônias, me beijou como nunca havia beijado antes. 



Depois disso, ele me levou para sua casa onde podemos conversar. Ele me ofereceu chá se desculpando todo enrolado pelo que havia feito. Concordamos que aquele beijo tinha sido inesquecível mesmo. Ele me contou que havia conversado com os Oráculos, ponte dos Poderes que Valem, e que eles o tinham liberado da missão, pois agora como humano, ele não poderia mais servi-los. Mas eu ainda estava cética, afinal, como poderíamos saber se era permanente mesmo ou se tratava mesmo dos Poderes? Poderia ser outra coisa, uma armadilha para nós talvez. Então iríamos nos abrir pra começar tudo de novo......e depois? Não, definitivamente não gostaria de começar um ciclo de sofrimento novamente. 

Bem pra mim tudo bem esperar, afinal, mesmo que tudo fosse permanente ainda seria complicado. Ela era a caça-vampiros e eu nem sei o que eu era realmente agora. Ainda tinha a questão de deixar tudo aqui, voltar pra Sunnydale pra vida dela que estava toda diferente com ela na Faculdade e tudo. E se ela tivesse que se preocupar comigo? 

Ele montou em gráfico nada animador sobre o futuro da nossa relação. Ainda bem que nunca tive fantasias dele se tornando humano, porque hoje com certeza seria uma decepção! Enfim, me rendi ao plano maduro dele. Perguntei se a gente iria se falar por telefone ou o quê. Secamente disse que ficávamos em contato, e procuraríamos remover a tentação que a esta altura estava mais latente do que nunca. 



Quando ela tocou minha mão ao nos despedir, foi o início de tudo que tentávamos evitar heroicamente. Ente beijos ardentes, abraços apertados e carinhos á noite passamos aquela noite. Consumamos mais uma vez nossa relação, agora sem culpa e consequências. Sem o medo de me tornar um Monstro. A sensação era maravilhosa. Tão boa quanto ficar nu em frente à geladeira escolhendo o que comer. 


É perfeito! Certamente estava sonhando. Ele era humano a um minuto e já tinha um monte de quitutes gostosos na geladeira. O sonho de qualquer garota. Ele estava todo feliz, claro, sem ter perdido sua alma, dizendo o quanto gostava de comida. Me perguntou o porquê de eu nunca ter falado sobre creme de amendoim. Eu fiz uma brincadeira fazendo uma relação disso com o fato dele ter sido um vampiro antes. E a propósito, eu já havia superado a nossa necessidade de uma relação madura. O tempo que ele tinha ficado na cozinha tinha sido o suficiente. Ainda meio desajeitado, ele deixou derrubar um pouco de chocolate no peito. Imaginem só como eu limpei aquilo tudo......





Eu tinha prometido a ela que faríamos outros e vários dias e noites iguais às que estávamos vivendo naquele momento. Ele me falou que era a primeira vez que se sentia como uma garota normal adormecendo nos braços do homem que a amou. Lembrando que quando tivemos nosso momento íntimo no passado, as coisas não saíram como eu esperava e pelo que Spike me contou quando esteve aqui atrás daquele Anel, ela também tinha tido uma experiência nada agradável com um babaca na Faculdade. Confesso que me senti realmente feliz e com um detalhe todo especial: sem correr o risco de perder minha alma. Estava mais leve, solto, cheio de planos e possibilidades até Doyle me interromper no dia seguinte bem cedo com uma notícia nada animadora a despeito do Demônio. 



Pela manhã eu acordei e ele não estava.....teria tudo isso sido um sonho? Para responder as minhas dúvidas, subi até à Agência e encontrei Cordelia tentando colocar etiquetas naquilo que poderia pegar como parte de uma indenização a ela, já que não tinha mais um emprego (coisas de Cordelia!). Antes de me contar que ele tinha saído para tentar deter o tal Demônio (o mesmo que ele tinha matado), ela fez um discurso sobre ser madura (imagina isso vindo da Cordelia...). Pois é, ela falou em alto e bom tom que eu não podia ter todo. Angel e salvar o mundo. Foi então que nem dei muito ouvido ao que ela disse e parti para tentar salvar meu Amor das garras daquele Demônio nojento. 

Eu nunca tinha apanhado tanto assim. Nem na minha época de fanfarrão nos Bordeis da Irlanda. O Demônio brincava comigo, me jogando pra lá e pra cá como se eu não fosse nada. Minha cabeça, meu corpo, tudo doía pra valer. Ele me mataria certamente se ela não tivesse aparecido. Ela bem que bateu forte nele, mas o Demônio era bem mais forte e quando chegou a minha vez de tentar salvá-la, joguei um pouco de sal em seus olhos. O Demônio logo constatou aquilo que constataríamos. Juntos éramos fortes como guerreiros, separados estamos mortos. Ela está morta! Até que me lembrei de que o grande Poder dele vinha do tal “mil olhos”. A Joia na testa dele. 



Assim que desci as escadas, ela esperava por mim. Preocupada e aflita. 

- Essa cara não é porque acabou todo o chocolate da Loja....O que houve?

- Não houve nada.

- Por onde andou?

- Fui falar com os Oráculos. E pedi pra voltar a ser o que era.

- O quê? Por quê?

- Porque mais do que nunca eu sei o quanto amo você. 

- Não, você não fez isso.....

- E se continuar mortal, um de nós acabará morto, talvez os dois. Ouviu o que o Demônio falou!

- Ele morreu. Matamos ele!

- Disse que outros viriam.....

- Eles sempre veem, eles sempre virão. Isso é problema meu agora e não seu!

- Não! Não vou ficar parado olhando você lutar e morrer sozinha!

- Não. Lutaremos juntos!

- Viu o que aconteceu ontem a noite. Sou um perigo pra você. Você se arrisca pra me proteger. Isso não é ruim só pra você, é ruim pras pessoas que queremos ajudar. 

- Mas e daí? Você usou as últimas 24 horas pra avaliar os prós e contras de ser um cara qualquer e decidiu que seria mais divertido ser um Super-Herói?

- Sabe que não é isso. Como podemos ficar juntos, se o preço é sua vida, ou a vida de outros? Eu sei....eu não poderia lhe dizer....

- Eu entendo. O que acontece agora?

- Os Oráculos vão nos dar um dia de volta, voltar no tempo para que eu mate o Demônio sem que ele me torne mortal.

- Quando?

- Daqui a um minuto.



- Um minuto? Mas não é tempo suficiente! 

- Não temos escolha. Está feito.

- Então me diz como vou seguir com a minha vida sabendo que tivemos o que não podemos ter. 

- Não vai. Ninguém saberá além de mim. 

- Mas tudo que fizemos. Eu sei que tudo aconteceu. Senti seu coração bater. 

- Por favor....por favor...por favor....

- Eu nunca esquecerei.....nunca esquecerei.....nunca esquecerei..."

E nós também não! 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

[Cinco por cinco] Brigas, broncas e ofensas








Sabe aquele momento em que você está assistindo Buffy (ou outro produto audiovisual) e então escuta aquela fala que involuntariamente te faz dizer "Aii, nossa! Pesado!". São essas brigas entre nossos amados personagens, esses momentos de discussão que decidi listar, não como os mais legais, mas os mais intensos.




5- "Troquei a fechadura": Nada mais dramático do que uma porta na cara. As cenas transmitem basicamente a mesma mensagem. 

Na segunda temporada Angelus conversa com Joyce a fim de machucar Buffy, mas antes que ele chegue a fazer algum mal a caçadora e Willow completam um feitiço que o impede de entrar na casa das Summers e continuar seu plano de tortura. 

Na quinta temporada é a vez de Spike ser impedido de entrar na casa de Buffy. Depois de se declarar para a protagonista a resposta é clara: ele nunca entrará na vida da caçadora. 

Na última temporada a mensagem é um pouco diferente. Depois de participar de um plano para o assassinato de Spike, Giles tem sua autoridade questionada. Não é preciso que ele interfira nas decisões, seu trabalho está feito.

4- "Está abaixo de mim": Apesar de ser um caso isolado, pra mim, esse momento é bem intenso. O que fez a cena ter impacto foi o fato da Buffy ter pegado um grande trauma do personagem e lançado contra ele numa situação similar anos depois, fazendo-o reviver as angústias do passado.

3- "Essa briga é minha!": O episódio "When she was bad" da segunda temporada é um caso especial e teve que entrar por completo na lista como a terceira posição. Depois de derrotar o mestre no fim da primeira temporada Buffy fica um pouco abalada e isso faz com que ela se feche e dê uma chuva de patadas em todos os seus amigos.

2- "Você não tem respeito por mim": O que pode machucar mais do qualquer um desses momentos? Com certeza uma bronca do Giles. Desapontar o sentinela que inspira tanto respeito e admiração deixa qualquer um abalado. E é na terceira temporada que Buffy ao esconder a volta de Angel escuta o discurso de desapontamento de Giles. Com  Willow, na sexta temporada, o problema é mais sério, pois o momento passa de uma fala severa para uma discussão fervorosa.

1- "Suas decisões me preocupam": Os momentos de maior tensão foram com certeza as discussões internas da Scooby gang. E aqui selecionei três diferentes momentos. Na terceira temporada, após voltar de seu sumiço e agir como se nada tivesse acontecido, Buffy é atacada em roda por sua mãe e seus amigos. Devo dizer que eu ansiava por esse momento, estava me sentindo como a Willow e o Xander. Outro momento de ataque conjunto ocorre na sétima temporada. Cansados de como a caçadora coordenava o grupo e com o Spike longe, as potenciais e os amigos próximos questionam seus métodos até que Dawn diz ser melhor a irmã ir embora (desta vez eu estava apoiando a Buffy com todas as minhas forças). Na quarta temporada o grupo discute graças as mentiras que Spike inventa. A situação é um pouco diferente, pois desta vez não é um múltiplo ataque a Buffy, mas todos contra todos.


Essa foi a lista de hoje, o tema não foi tão recortado, mas acho que chegou num final interessante e me deixou brincar com a divisão da tela (rs). E pra terminar como de costume: o que acharam?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

[Retrospectiva Analítica] Buffy, A Caça-Vampiros - 6ª Temporada

Por:



Trailer da Sexta Temporada:






Título original: Buffy – The vampire Slayer
Título em português: Buffy - A Caça-Vampiros
Temporada 06: 02/10/2001 a 21/05/2002
Precedida pela Temporada 5 
Sucedida pela Temporada 7


Elenco Principal:

Sarah Michelle Gellar
Allyson Hanningan
Nicolas Brendon
Anthony Stewart Head
Michelle Trachtenberg
Emma Caulfield
James Masters

Elenco Coadjuvante:

Amber Benson
Adam Bush
Tom Lenk
Danny Strong

Participações Especiais:

Kristine Sutherland
Elisabeth Anne Allen
Kali Rocha
Hinton Battle (como o Demônio Sweet)





Nos planos iniciais de Joss Whedon e do canal americano The WB (subsidiária da Warner Bros.), as aventuras da Caçadora de Sunnydale chegariam ao ponto final na 5° temporada (fato esse confirmado pelo sacrifício heróico de Buffy para salvar Dawn e deter Glória/Glory). Mas o inesperado acontece: o canal UPN (United Paramont Network), adquire os direitos de exibição sobre Buffy (e tendo que adquirir a serie Angel também, como cláusula do contrato). Com isso, uma nova continuação precisou ser criada para o seriado da caçadora (pois o canal não tinha intenção de reprisar as temporadas anteriores, mas sim, mostrar episódios inéditos).

Os fãs americanos (e brasileiros) na época original da exibição devem ter vibrado de emoção com a novidade; mas aí surge uma dúvida: como a serie Buffy terá uma continuação se a personagem-título morreu na temporada anterior (com direito a lápide nas cenas finais, para que não haja nenhuma dúvida)??

Era preciso criar uma brecha para esse enredo ''bem amarrado''; e para isso, foi criado um episódio duplo: Então, foram convocados dois roteiristas para desenvolver essa tarefa nada fácil: a Marti Noxon e o David Fury (em que cada um elaborou o 1° e 2° parte, respectivamente).

Buffybot (Buffy Robô): opção para preeencher a lacuna deixada 
pela ausencia da verdadeira Buffy

A vantagem de Buffy ser um seriado sobrenatural, colaborou para que um elemento pudesse ser encaixado sem nenhum prejuízo à temática: a ressurreição. 

Tudo começa com uma cena de perseguição no cemitério de Sunnydale, em que os remanescentes da Scooby Gang estão no encalço de dois vampiros. De repente surge Buffy, que luta com as criaturas, e mata uma delas. Nos primeiros minutos, o público fica sem entender e se perguntado: Será que eu deixei de ver alguma coisa? Buffy morreu no episódio passado e neste ela já tá vivinha e lutando normalmente? 

Então fica esclarecido que se trata da versão robótica de Buffy (que foi produzida na 5° temporada para o Spike), que estava ali para simular ao mundo e ao submundo que a caçadora estava viva e na ativa (pois se soubessem da sua morte, a ''Boca do Inferno'' entraria em desequilíbrio com a infestação de criaturas sobrenaturais e sem a proteção da heroína).

Willow no feitiço da ressureição para trazer 
Buffy de volta à vida

Mesmo com esse fingimento, os amigos de Buffy não conseguiam disfarçar a imensa saudade que sentiam da mesma (que havia sacrificado sua vida para salvar o mundo meses atrás). Para piorar, Giles decide ir embora para Londres, acreditando ter se tornado inútil em Sunnydale (parece que ele cansou de somente ser um simples vendedor da loja de magia; ele queria também se um sentinela).

Enquanto isso, um vampiro acidentalmente descobre a existência da Buffy robô, quando consegue ferí-la numa caçada. Ele consegue escapar e espalha a notícia num bar fora da cidade; deixando contentes um grupo de motoqueiros demônios, que deslocam em caravana para Sunnydale.

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Buffy em estado de choque devido à tafofobia

Willow (que indiretamente estava como líder da turma), decide então ousar nos seus conhecimentos de magia numa atitude nunca então utilizada por ela: trazer Buffy de volta à vida. A noite no cemitério da cidade, a bruxa ruiva se reune com Xander, Tara e Anya e inicia os ritos de ressurreição, o que faz a entidade sobrenatural desencadear um teste de resistência à Willow (ela sofre uma flagelação e vomita uma serpente).

Coincidentemente, os motoqueiros demônios chegam à Sunnydale e iniciam sua devastação. Spike e Dawn estão em casa quando eles começam e a Buffy Robô tenta impedí-los, mas é ferida novamente, fazendo-a fugir dos inimigos. A robô corre até o cemitério, onde estava os outros e fica encurralada pelos motoqueiros. O ritual para a ressurreição é interrompido e um dos itens acaba sendo destruído pelas motos.

Perguntando-se: o que está havendo? Como voltei?

O grupo acaba se separando. Willow cai desacordada devido ao despendio de energia usada no ritual, e de repente a cena corre para o túmulo onde Buffy está: o processo de ressurreição estava correndo. A nossa heróina acorda, porém num estado extremo de pânico, pois ela tem tafofobia (medo de ser enterrada viva, medo esse mencionado no episódio ''Pesadelos'', na 1° temporada).

Após escapar do caixão e se desenterrar, Buffy ainda está em choque e tentando entender como voltou ao mundo dos vivos . Caminhando por uma Sunnydale devastada, ela se depara com os motoqueiros (destruindo a Buffy Robô), e mais tarde conseguindo derrotá-los (quando seu instinto de caçadora se restabelece). Os primeiros episódios seguintes mostram Buffy ainda se recuperando da tafofobia e da inesperada ressurreição. Se o pessoal tivesse se lembrado de desenterrá-la antes do feitiço, provavelmente ela acordaria normalmente sem traumas!

Episódios mais tarde, com Buffy ''recuperada'', nossa heroína tenta recomeçar sua vida após a morte. Para manter-se com a guarda legal de Dawn e sustentar-se financeiramente, Buffy abandona a faculdade e decide tentar um emprego como vendedora de uma lanchonete (o ''palácio da dupla carne''). Após passar pelo teste de adaptação (que incluiu matar um demônio disfarçado de idosa, que devorava os vendedores da lanchonete), ela consegue a vaga.


O trio Warren, Johnathan e Andrew: nerds 
que caíram na tentação da vilania

Quando se pensava que o Xander era o único depressivo após o final do colegial, surgem outros 3 remanescentes do antigo e extinto colégio Sunnydale: Warren, Johnathan e Andrew. Sem perspectiva futura em suas vidas após concluírem seus estudos básicos, eles formam uma especie de sociedade em que queriam se dar bem tudo, mesmo que precisassem cometer atos ilícitos; e quando Buffy os detém em uma de suas ações desonestas, o trio promete retaliar nossa heroína de alguma forma. Consolida-se assim os vilões da temporada, que criam tramas normais e sobrenaturais para atrapalhar a rotina da caçadora.

Essa temporada explora uma temática bem adulta em comparação às anteriores; e o maior exemplo disso, são os episódios que mostram o caloroso envolvimento carnal entre Buffy & Spike. Após rejeitar às paqueras do vampiro em praticamente toda a 5° temporada, a caçadora adquire tesão pelo vampiro, e daí passa a protagonizar com ele as cenas tórridas de sexo. Ao longo dos episódios é notado que Buffy, ainda mantém resquícios de que está abalada pelo fato de ter regressado à vida, deixando numa instabilidade emocional que a faz topar transar com o Spike.

Halfrek, outro demonio da vingança e amiga de Anya


Mudando um pouco o assunto, personagens coadjuvantes tiveram destaque nesta temporada. O primeiro é o Riley, que regressa por 1 episódio à Sunnydale para cumprir uma missão militar secreta de destruição a um demônio, além de encerrar a participação do personagem de forma esclarecedora, após sua saída repentina na 5° temporada (e foi colaborador para o término da relação picante entre a caçadora e Spike). Outra personagem é a Amy, que após dezenas de tentativas frustadas de Willow, consegue voltar à forma humana e deixando de ser um rato. E por último, Halfrek, uma demônio da vingança que surge em Sunnydale a princípio numa trama feita por Dawn, mas que se revela como amiga de Anya

Amy persuadindo Willow ao caminho errado da magia

E por falar em Willow, ela começa a cada vez mais a se envolver em realizar magias complexas, desde quando ela conseguiu trazer Buffy de volta à vida, e aos poucos ela vai deixando de ser aquela gênia da informática para ser uma poderosa bruxa. O problema é que mexer com certas magias podem ter consequências terríveis para humanos que ousam lidar com isso; e mesmo com as advertencias de Tara, a ruíva persiste em se envolver, causando assim um rompimento na relação entre as duas.

E nesse abalo emocional, que a então humana Amy vai persuadindo a Willow para o lado negro da magia, apresentando-a a outros seres que compactuam do mesmo gosto. Aos poucos, Willow vai adquirindo uma personalidade egocêntrica, impulsiva e rebelde, no que culmina a se afastar também de seus amigos (o cúmulo, foi um incidente que machucou Dawn).

Anya volta a ser Anyanka devido à decepção com Xander

Outro aspecto que denota uma temática mais adulta na temporada, foi a questão da expectativa e decepção em torno do casamento de Xander e Anya. A ansiedade pelo matrimônio da ex-demonio contrastou com o temor do compromisso sério do amigo de Buffy e Willow. No fim, Xander recusa o casamento, levando Anya a uma crise profunda de lamentação, e logo a um desejo de voltar a ser o demonio da vingança à homens infiéis.

Rumo ao desfecho da temporada, Spike (ainda margando o desprezo de Buffy) decide mexer com forças ocultas para  se tornar um vampiro com alma e mais poderoso, para iniciar sua retaliação contra a caçadora.

Enquanto isso, cansado de perder para Buffy, Warren toma a radical atitude de tentar matar Buffy com uma arma de fogo. Tendo a discordancia de Johnathan e Andrew, Warren parte sozinho para onde Buffy está e tenta baleá-la; porém Xander consegue desviar a pistola da mira de Buffy, mas infelizmente, a bala atinge mortalmente Tara (que se reconsciliava com a bruxa ruiva) pela janela da casa de Buffy, fazendo-a morrer nos braços de Willow.

A morte de Tara, culminou para que Willow absorvesse para si todos os conhecimentos de maia negra que estão contidos nos livros da loja de magia. Logo o pouco discernimento que Willow ainda tinha dá lugar uma poderosa sede de vingança, deixando-a com um aspecto sombrio e bem diferente da Willow que conhecemos, tornando-se assim a Dark Willow.

Buffy vs Dark Willow

Começando sua caçada de vingança contra o trio (mesmo o assassinato de Tara não tendo o envolvimento de Andrew e Johnathan, eles viraram alvo), Dark Willow tortura e mata Warren, mas é detido por Buffy e cia. quando está prestes a matar os outros dois. A Caçadora está diante de um inesperado desafio: derrotar sua melhor amiga.

Giles retorna de Londres para auxiliar na batalha final

Surpreendentemente, Giles volta da Europa após saber da reviravolta de Willow, para tentar detê-la. Munido de magia, ele tenta alguns feitiços contra ela, mas Dark Willow é mais poderosa e o derrota.

A batalha final tem início. Dark Willow realiza um ritual de destruição do mundo (alegando que a energia vital da Terra irá acabar com a dor que está sentindo em seu corpo devido à magia negra), e ao tentar impedí-la, Buffy e Dawn são jogadas no subsolo.
E enquanto ninguém esperava, Xander é quem assume o papel decisivo de impedir que Dark Willow prossiga com a destruição do planeta, conseguindo com sucesso (e sem utilizar nenhum tipo de magia). A turma se reune após mais uma batalha vencida e Willow volta ao normal, arrependida e tomada pelo remorso por tudo o que fez devido à magia negra.

Após passar no teste, Spike tem sua alma restaurada

E nas cena finais, Johnathan e Andrew conseguem escapar fugindo para o México, e Spike passa no teste do ocultismo e tem sua alma devolvida ao corpo.

A utilização de uma temática mais adulta e sem muitas criaturas poderosas (com exceção da Dark Willow), foi uma tentativa de acrescentar uma novidade ao enredo de uma serie que foi programada para encerrar com chave de ouro na 5° temporada


Nota para a temporada: 8

EPISÓDIO MARCANTE:

Buffy6x22.jpg
22 - ''Grave'' (O dia do Juízo Final)
Por ter sido a batalha final
que não foi decidida pela protagonista

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Buffy – Sexta Temporada

PONTOS POSITIVOS:

- A ressurreição de Buffy. Há fãs que preferem que a caçadora tenha tido um final digno com uma morte heroica. Mas eu particularmente, gostei de ver Buffy de volta à vida depois de saber o que viria a seguir. 



- Buffy Bot. Usada para substituir a Caçadora em Sunnydale, uma ótima oportunidade para a protagonista fazer rir amparada por situações e textos hilários. 



- A metáfora do abuso no uso de drogas. Com o avanço progressivo de Willow com a magia, podemos conferir uma das mais brilhantes metáforas do Buffyverse. Um alerta aos jovens dos perigos dos vícios, sejam eles quais for. Tudo foi construído com uma perfeição minuciosa.



- A “desratização” de Amy. Amy, a amiga ratinha de Willow, está de volta e sendo uma personagem proveitosa dentro do Buffyverse, foi o estopim providencial para a crise de Willow. 



- Vilania humana. Para a maioria, um trio de garotos chatos e sem noção, mas para mim, vilões oportunos. Com Buffy ainda tentando se acostumar com a vida e a turma toda devastada com seus problemas pessoais, nada melhor que vilões humanos para tentar equilibrar melhor as forças.



- Once more with feeling. Um dos maiores episódios da história da TV. Alegre e cantante, contrastando com a tristeza que vivia Buffy e as dúvidas da turma. 



- O Adeus estratégico de Giles. Com Buffy desconectada com sua vida, Giles se tornou um personagem dispensável. Em certos momentos, ele chegou a treinar a Buffy Bot (um dos piores momentos do seriado)



- O retorno de Riley. O ex namorado de Buffy retorna casado com uma única missão: abrir os olhos de Buffy para quem ela verdadeiramente foi e ainda é. Uma sacada brilhante dos roteiristas, encerrando muito bem a saga de um bom personagem.



- A conexão carnal entre Spike e Buffy. Embora não muito empolgante, fora necessária, não só para o desenvolvimento do vampiro na série, como também para que Buffy pudesse lidar com seus problemas. Nada além disso. 



- Dark Willow. O ápice da metamorfose da melhor amiga de Buffy, veio com um show de acontecimentos que fechou muito bem a temporada. Mérito para Alysson Haningan, criando uma personagem forte e coerente. 



- "Chegou a hora de ser a estrela principal". Devo confessar que não gostava muito dessa parte, mas ela acabou me conquistando a medida que prestei mais atenção no diálogo das personagens, afinal, a parte física da luta nunca me empolgou. 



- "Bored Now!" Willow vingando-se de todas as mulheres! 



- Xander, o Salvador. Ele que sempre foi o cara que fica de fora do palco, dessa vez brilhou no enredo bem propício de mocinhos e vilões humanos. 




PONTOS NEGATIVOS

- O enredo sem vampiros e monstros. Uma mudança brusca de contexto (adolescência para a fase adulta) não agradou muito os fãs do seriado, acostumados a ver Buffy como uma heroína incorruptível detonando os mais variados Seres das Trevas. 



- O reencontro não mostrado. Devido à exibição em canais diferentes, os crossovers de Btvs e ANGEL foram dizimados. Assim não ficamos sabendo como foi o reencontro do casal apaixonado após a ressurreição de Buffy. 



- A chave que não abriu mais nada. Com o fim de Glory e a história da Chave, Dawn ficou totalmente à margem durante toda a temporada, protagonizando a maioria dos piores momentos e episódios. Assim ela vagou sem rumo de chave, adolescente irritante a cleptomaníaca. 



- Os sinos que não tocaram. Outra personagem que também ficou desconectada foi Anya depois que Xander a abandonou no altar. Ela caminhou fora da linha principal do enredo até o final, deixando apenas lembranças da Anya da quinta temporada.




- Warren Mears. O personagem é chato, fraco, sem graça e ainda por cima misógino (homem que odeia mulheres). Embora defenda o contexto de sua existência dentro de um seriado com fortes raízes no Feminismo, ainda assim não consigo nem ao menos gostar dele. 



- Doubleameat Palace. Dentro de uma temporada com 22 episódios, alguns se salvaram, outros passaram na média dentro do padrão Buffy de qualidade. Mas no caso de Doubleameat Palace, a média ficou abaixo da crítica. De péssimo gosto, altamente trash e sem graça, é o pior episódio do seriado disparado. 




- A morte de Tara. Embora isso tenha desencadeado um dos melhores momentos da série, não achei justo a personagem de Benson ter morrido. Deveriam então mantê-la afastada de Willow, quem sabe a tornassem uma espécie de adversária da bruxa fora de si.....



7 Episódios que mais marcaram:



- 07 Once More, With Feeling (Mais uma vez com sentimento): 
no clássico “quem canta, seus males espanta”, um dos mais criativos 
episódios da série, se desenrola todas asa revelações da temporada




- 08 Tabula rasa: 
trazendo a ressaca de Once more with feeling, Willow tenta fazer com 
que todos esqueçam as consequências das revelações anteriores. 
Mas algo dá errado e a turma toda perde a memória




- 09 Smashed/10 Wrecked (Esmagado/Arruinado):
com Buffy fora de ação, Willow consegue trazer Amy de volta 
como uma espécie de “nova melhor amiga”. Ambas chegam ao 
fundo do poço na dependência de Magia




- 15 As You Were (Última forma): 
o retorno de Riley coloca Buffy nos eixos, a 
começar pelo fim da relação destrutiva com Spike. 




- 17 Normal again (Normal de novo): 
cada vez mais tentando fugir da realidade, Buffy tem 
uma oportunidade única de ser alguém que não quer 
assumir o seu destino. Agora ela terá de decidir a 
qual mundo ela pertence neste brilhante episódio




- 20 Villans (Vilões): 
a morte de Tara traz a Dark Willow, que começa seu plano 
de vingança contra Warren e seus amigos. Agora nem seus 
amigos, Giles e Buffy podem deter tamanho Poder


Conclusão: a sexta temporada de Btvs veio como um importante divisor de águas no seriado. As tramas centrais que eram mais leves e joviais, deram lugar a um contexto mais adulto e sombrio. Uma ideia oportuna dos roteiristas, que para trazer a Caçadora que tanto amamos de volta, tinham mesmo de promover uma reviravolta dessa magnitude. "Drogas", sexo e sexualidade, elemento menos explorado antes, ganharam uma importância capital dentro desse enredo. A estranheza causada pelo tom da temporada é compreensível, porém, criticamente, foi um fôlego considerável à história da Caça-Vampiros. 

Nota para a temporada: 8