sexta-feira, 11 de março de 2016

[Mortos pela Morte] A Morte é só o princípio








Amigos Caçadores, antes de conhece-los pelo lado das Trevas, é preciso mencionar que eles já chamavam a atenção pelas características pessoais. Então agora eu os convido a relembrar a vida e “obra” dos nossos mais adorados seres da noite do Buffyverse. 


Que os vampiros sejam criaturas hipnóticas, isso qualquer um que conheça um pouco das várias versões mitológicas dessas fascinantes criaturas sabem. Mas aqui o magnetismo desses personagens, vai além de poderes sobrenaturais. Humor e uma alta dose de carisma estão no pacote diferencial neste caso. 

Eles formam o quarteto de vampiros mais famosos e queridos do universo Buffy. Toda esta fama veio com as características mencionáveis de construção de cada um em seu modo particular. Os fãs o conhecem por Darla, Angel, Drussilla e Spike, mas alguns não sabem o que realmente está por detrás da história quando tinham nomes diferentes. 



Vamos começar pelo início por assim dizer. Mistério sempre esteve de mãos dadas com a enigmática Darla, onde até o momento não se sabe seu nome verdadeiro. Apenas sabemos que ela foi rebatizada pelo Mestre como Darla (que significa a mais querida no Idioma gaélico). 

O Mestre dos Vampiros veio em seu “auxílio” depois que a mesma delirava pedindo por um Padre e implorando pela Morte convalescendo de uma Sífilis. Antes de se tonar a mais sensual vampira do Buffyverse, Darla era uma prostituta que iniciou sua “carreira” na Inglaterra e veio para a América a fim de novas aventuras. E como mortal, adquiriu uma doença sexualmente transmissível. Para a época, era uma sentença de morte. 



Quando esteve face a face com o Mestre, manteve-se forte o suficiente para ironizar Deus não se preocupando com sua alma após a Morte. Algo que deixou o vampiro ainda mais disposto a trazê-la para os seus em 1609. 

Como um vampira, Darla desenvolveu um gosto particular em atrair vítimas do sexo masculino, aparecendo como uma mulher ainda inofensiva, sedutora e misteriosa. Quando revelava sua Face, revelava também seu interior. 


Cruel e manipuladora. Mas ainda assim, começou a sentir um certo vazio em não ter uma companhia estável a seu lado pela eternidade até conhecer o jovem irlandês Liam.



O rapaz bonito e com um talento inacreditável para farras e confusões, atraiu consideravelmente a vampira. Liam era um típico rapaz burguês da época. Nada o preocupava a ponto de não esvair com uma garrafa de álcool e muitas mulheres a seu redor. Algo que aborrecia seu pai. Em 1753, Liam deixou de vez o seu passado fracassado para tornar-se Angelus, o par perfeito de Darla. 

A perversidade característica foi como uma das grandes demonstrações de desafio às regras impostas pelo Pai quando vivo. Como vampiro, Liam poderia fazer o que quiser, pegar o que quiser. Ser livre. Angelus carregou de Liam o gosto por mulheres jovens e indefesas como a inglesa Drussilla. 

A “garota das visões” chamou a atenção de Darla primeiramente que quis dá-la de presente a Angelus. Em 1860, o casal de vampiros já estava com a Europa a seus pés, ou melhor, sob seus dentes. A fama deles era tão grande que diziam que já haviam matado mais que a Peste Negra por lá. 

A ingênua Drusilla já sabendo qual será seu destino

Como fora agraciada com o Dom da visão, Drusilla logo percebeu que estava diante dos famosos vampiros e o que o destino reservada para ela. Ainda assim, tentou proteger suas irmãs, que assim como ela, foram criadas para se manter virgens pelos Pais. 

Um detalhe interessante da história de Drusilla era que assim como todas as garotas diferentes das outras na época, ela era julgada como um Ser anormal, pecaminoso, uma afronta a Deus. E antes que fosse considerada uma espécie de Bruxa na região, recorreu a um Sacerdote a fim de se purificar de todo o Mal que acreditava ter em sua alma por conta de seu Dom. Ela só não sabia que o tal Sacerdote na verdade era Angelus, que a esta altura, já havia selado seu destino. Angelus a aconselhava se entregar às obras de Satã sem resistência, atormentando ainda mais sua alma pura. 



Depois do jogo religioso, o vampiro começo a atacar sua família, matando membro por membro, obrigando Drusilla a entrar em um Convento para manter sua alma. Em vão. Pois Angelus a seguiu, dizimou todo o lugar e criou um Monstro insano e ainda mais perigoso. Talvez essa seja a metamorfose mais impactante do quarteto, afinal, Dru era uma alma incorruptível, devota a Deus e seus desígnios. 


Darla, Angelus e Drusilla viveram felizes para sempre como um triângulo sexual e bem arrojado. Mas a vampira, assim como Darla, sentia falta de alguém para ser só dela. Então foi numa esbarrada do destino, que avistou seu companheiro perfeito. William, o poeta de coração partido. 

William Pratt era o único filho de uma bondosa e bem educada Senhora de nome Anne (qualquer semelhança com o nome do meio de Buffy não é mera coincidência, que mostraremos numa outra postagem). Assim como ela, foi criado para ser meigo, gentil e sensível. Foi este elemento em especial, que fez dele um poeta, embora o talento para tal, fosse algo que discordasse com seu anseio. 


Por vezes era insultado e ridicularizado pela alta Sociedade londrina com sua poesia bem visceral e melancólica. Sua bondosa mãe era sua única fã, uma plateia cativa para suas poesias. William se sentia seguro e confortável ao lado de Anne, pois sabia que nunca seria magoado. Nisso, era o típico “filhinho da mamãe”. 



Em uma das reuniões em que mostrou seu trabalho, um dos presentes chegou a afirmar que “preferia ter uma estaca de ferrovia enfiada no crânio do que ouvir tamanha baboseira”. Este pedido só viria a ser atendido quando William, mais uma vez rejeitado pela mulher que amava, esbarrou no trio Darla, Angelus e Drusilla nas ruelas de Londres em 1880. 

A partir daí, William se tornou Spike, apelido dado ao vampiro que tinha como métodos cravar estacas de ferrovias nos membros de suas vítimas. Recém transformado e saciado em sua vingança contra todos que debocharam dele, fez de Angelus seu mentor por um tempo. Angelus o ensinou sobre a arte da matança em massa até perceber o quanto Spike ainda mantinha seus apreços românticos para com Drusilla. 

Como vimos, Angelus também tinha uma relação sexual com Drusilla, mas depois de Spike nunca mais havia tocado nela. Porém, ele não suportava como os dois amantes eram unidos, e assim, decidiu seduzi-la novamente só para feri-lo. O resultado foi que Spike parou de ter Angelus como Mentor e tornou-se uma personalidade totalmente arredia, tomando seu próprio destino ao lado de sua amada enquanto Darla sofria com a alma restaurada de seu eterno parceiro. 

Spike e Angelus: de mestre e aluno
a rivais eternos


O quarteto de vilões se desfez neste momento, entrando para a história do Buffyverse como um dos mais marcantes de todos os tempos. Juntos eram fantásticos. Separados, formidáveis. Provando com seus atributos apaixonantes que a Morte não era de fato o fim. Apenas o princípio de muita coisa boa que viria a seguir......

4 comentários:

  1. Muito bom Flávia! Pelo seu post compreendi perfeitamente sobre o que estava por trás da origem desse quarteto!

    Darla topou ser vampirizada por não ter escolha, pois estava moribunda devido à sifilis) e queria aproveitar mais a sua juventude desbravando outros ''territórios''.

    Liam, foi um cara de sorte por não ter sido ''alimento'' de Darla; em que seu perfil mulherengo e festeiro o livrou desse destino; porém a morte perdendo a alma e se tornando criatura da noite foi inevitável!

    Eu acredito que dos quatro, Drussila foi a que mais sofreu por ter sido enganada de forma magistral por Angelus, fazendo-a corromper-se ao lado do mal.

    O motivo de ter sido caçoado e destratado tanto pelos londrinos, quanto por Angelus, fez Spike despertar um instinto vingativo e mortífero quanto aos humanos. Por isso despejou sua fúria na matança de duas caça-vampiros.

    Agora, tem um detalhe interessante nesse quarteto. Nas regras vampiricas, Darla é a mãe de Angelus e avó de Drussila e Spike, pois quando um vampiro é gerado por vampirização, aquele que vampirizou se torna criador da criatura da noite!

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    1. Valeu por acrescentar mais a postagem WIlliam!

      Eu amo este quarteto e não poderia deixar de falar a respeito deles!

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  2. Muito legal Flávia! Eu não sabia nada da história da Darla nem da relação dos três antes do Spike, porque acho que é pouco comentada na Buffy...Isso é contado em Angel?
    Eu acho muito legal essa relação Spike-Angel, de mentor a inimigo...e a maneira como as personalidades deles mudam depois da vampirização...
    Também não sabia (ou não lembrava, porque eu esqueço bastante rs) que o Angel é Irlandês.
    Gostei bastante da postagem porque juntou na minha mente os pontinhos da história que estavam separados rs!

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    1. Exatamente Graziella, quem não acompanha Angel não conhece a história de Darla, que é contada na segunda e terceira temporada. Eu acho que essa é uma das grandes cartadas dos roteiristas, que tiveram a oportunidade de aprofundar enredos quando criaram o spin-off de Buffy.

      A que mais chamou a atenção foi a Drussila realmente. Era uma moça pura e ingênua e se tornou um ser diabólico.

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